Tenho vivenciado inúmeros casos de clientes e pessoas do meu relacionamento relatando situações com relação ao seu chefe ou superior direto. Em muitos casos são relatos calorosos e cercados de emoção.
É da natureza humana e do comportamento de muitos profissionais deixar a emoção ditar e direcionar muitas das nossas conclusões sobre este assunto. Falar do chefe direto nem sempre é uma tarefa fácil e em muitos casos a emoção atrapalha muito tudo isto.
É importante destacar que ao longo de nossa carreira profissional nos referenciamos em modelos de liderança, gestão e comportamento. Destaco ainda que nem sempre nossos superiores diretos são o melhor reflexo das referências que criamos para nós mesmos.
Vale ressaltar que ao longo de nossa carreira profissional estas referências também vão se transformando. Se dividirmos nossa carreira em 3 ciclos de 10 anos, potencializando que o profissional ao longo de 30 anos atinja posição de liderança, como uma gerencia, diretoria ou Vice-Presidência, posso concluir e compartilhar com vocês a seguinte analise:
Primeiro ciclo de 10 anos: Profundo período de aprendizado e busca do conhecimento, formando ao logo deste ciclo seus valores profissionais. O líder direto, neste período, terá um papel fundamental e posso garantir que será referência e modelo para este profissional do que fazer e do que não fazer. Destaco este tema em outro texto publicado “Você se espelha no seu chefe”! Recomendo a leitura.
Segundo ciclo de 10 anos: Com o conhecimento adquirido este profissional ganhará maior independência e passará a tomar um número maior de decisões dependendo menos da liderança imediata e passando a levar para sua liderança direta maior número de questionamentos e alternativas de como melhor administrar e gerir o dia-a-dia. O seu modelo de gestão já esta totalmente incorporado em seu DNA corporativo.
Terceiro ciclo de 10 anos ou mais: Podemos neste ciclo destacar que o profissional não somente solidificou seu modelo de gestão como adquiriu maior experiência e maturidade organizacional, dependendo cada vez menos de sua liderança imediata.
É no terceiro ciclo profissional que conquistamos maior independência e consequentemente maior autonomia. A dependência da liderança imediata fica cada vez menor e consequentemente o questionamento do valor que esta liderança agrega fica também sob judicie. Neste período costumo dizer que o encantamento e admiração acaba!
Enfatizo também que o profissional saiba lidar com este fato com muita maturidade, pois mesmo deixando-se de existir o encantamento pela liderança, seguir as diretrizes da empresa e atingir os resultados que se espera são condições básicas e necessárias para o que podemos chamar de “resultado esperado.”
Portanto amigos, é mais do que normal perder o encantamento ou até deixar de ter como referência seus superiores, porém saber lidar com isto e saber que esta situação é muito comum, ajudará a todos neste processo.
EDUARDO STEFANO
Consultor & Palestrante
Eu já abri o meu terceiro ciclo e concordo plenamente que o modelo de gestão, valores, autonomia, liderança, execução e ponderação dos riscos tenham se solidificado na minha trajetória profissional. Destaco que eu tive a felicidade de contar e de me espelhar em grandes profissionais e executivos. Como aprendizado, eu continuo indentificando profissionais que possam agregar cada vez mais na minha identidade profissional!
Edu, Excelente artigo, como sempre muito objetivo no tema e ao mesmo tempo bem abrangente na reflexão. Parabens!!
Edu, artigo ótimo para uma reflexão. O texto está bem objetivo levando o profissional a realmente pensar na sua carreira. Parabens!!!