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Biológico X Cronológico

Este é um tema bastante interessante e controverso! Na verdade, o título traduz parcialmente o que pretendo estabelecer como provocação. Pretendo falar de um tema muito recorrente no nosso ambiente corporativo e em muitos casos também em nosso ambiente familiar.

Quantos de nós já se deparou com as famosas frases: quando eu tiver “x” anos vou parar de trabalhar e vou viver dos meus investimentos  ou  “vou dar um gás forte nos próximos anos e com “y” anos vou parar e desfrutar a vida”... tenho a certeza que já ouvimos este tipo de colocação várias vezes, mesmo que tenham sido repetidas por nós mesmos!

Até aí não existe e não vemos nada de errado neste planejamento, entretanto, temos sim que levar em consideração as variáveis que não consideramos neste planejamento, que parte delas não controlamos e que certamente mudarão o rumo das coisas, são elas:

A primeira variável, e que considero fundamental, é nossa idade cronológica e biológica. Será que quando atingirmos a idade cronológica definida em nosso planejamento, teremos a idade biológica com energia e motivação adequada e que planejamos há tempos atrás? Podemos até ter tido um estilo de vida saudável e com o stress sobre controle, entretanto, encontramos inúmeros casos de pessoas que até planejaram, mas não atingiram esta etapa da forma que esperavam.

O tempo é implacável e consideramos muito importante que ao longo de nossa vida não façamos a escolha de desfrutar nossos 30 anos com 40, ou nossos 40 anos com 50, nossos 60 anos com 70, e assim sucessivamente. Somente aproveitaremos e desfrutaremos o melhor de cada etapa no momento que ela ocorrer, é assim e da natureza humana.

Nos dias de hoje a longevidade é um fato científico e comprovado, ou seja, vivemos muito mais neste século do que no século passado. Precisamos sim planejar da melhor forma nossa vida profissional e pessoal, pois viveremos por mais tempo, e esperamos que seja com a maior qualidade possível.

A segunda variável, e fundamental para a materialização de nossos objetivos, é o planejamento financeiro. Prefiro chamar de planejamento financeiro do que de independência financeira. Independência me passa uma ideia de perpetuação do status, e nós sabemos muito bem que nada é eterno, até mesmo nossas reservas financeiras, principalmente se não forem bem planejadas e gerenciadas. O planejamento financeiro será fundamental para atingirmos o status que buscamos por décadas. Não pretendo me estender muito neste tema que especialistas renomados falam a respeito, mas uma regra básica para atingirmos este patamar é iniciarmos a construção de nossas reservas com a maior antecedência possível, e sempre equilibramos nossas receitas e despesas ao longo da vida, ou seja, receitas sempre maiores que despesas. Simples assim! Recomendo em todos os casos a ajuda de especialistas para este planejamento.

Tenho vivenciado em meu circulo profissional e pessoal inúmeros casos de total falta de planejamento ou planejamento muito mal executado. O tempo é implacável e não volta, e nestes casos somente nos resta lamentar e buscar alternativas para minimizar os estragos acumulados ao longo do tempo.

Portanto, vivam cada fase da vida com a maior intensidade possível pois é da natureza humana aceitar as limitações impostas ao longo de nossa jornada…., e busquem sempre o equilíbrio entre as dimensões cronológica, biológica e financeira.

Sejam felizes e desfrutem…!

 

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Programa 4E

Vivenciei nos últimos anos algumas experiências de fusões e aquisições em clientes. Estas experiências me incentivaram a escrever sobre o tema, destacando principalmente as etapas do processo de “turn-around”, ou virada nos negócios. Estas etapas muito bem definidas, retratam a “TRANSFORMAÇÃO das empresas, a “OTIMIZAÇÃO de seus processos e estruturas e, por último e não menos importante, a etapa de “EXPANSÃO dos negócios. Escrevi sobre este tema recentemente. (recomendo a leitura deste post )

Com a importância de estabelecermos um processo para o que chamamos de “turn-around”, desenvolvemos metodologia para auxiliar as empresas em seu processo de evolução e profissionalização. Esta metodologia denominada “programa 4E”, tem como objetivo principal a “geração de valor”, e a “captação de valor para as empresas e seus acionistas.

Destaco as 4 etapas desta metodologia, que são:

  1. Entendimento: Primeira etapa da “geração de valor”, visa o diagnóstico e entendimento da realidade e o momento da empresa, vivenciando como a empresa está estruturada e de que forma atua no mercado. Tratamos este histórico da empresa ou de seus empreendedores sempre com muito cuidado e respeito.
  2. Estruturação: Segunda etapa da “geração de valor”, busca a reavaliação da estratégia da empresa, de seu portfólio, suas políticas, processos e reavaliação da estrutura organizacional. Procuramos nesta etapa implantar/sugerir as melhores práticas de gestão e Governança Corporativa.
  3. Excelência: Terceira etapa da “geração de valor”, visa o aumento dos ganhos de produtividade, atuando na geração de novas receitas assim como na busca de maior rentabilidade e eficiência sobre os negócios atuais.
  4. Expansão: Etapa de “captação de valor, tem como principal objetivo a atração de investidores. Destaco que através da “geração de valor” colocamos a empresa em um novo patamar de atração para investidores e, nesta etapa, preparamos “teasers”, organizamos “road-shows” e visitas.

Auxiliamos na definição da estratégia de venda ou captação, no processo de negociação e “Due-diligence” até o fechamento e conclusão do negócio.

Temos a segurança em afirmar que empresas que passam pelas etapas listadas melhoram substancialmente sua valorização de mercado, podendo em alguns casos representar mais de 50% de valorização base.

Portanto amigos, recomendamos a todos os interessados em melhorar a avaliação de seus negócios que invistam em profissionalização, priorizando estas atividades através de equipe interna ou externa. Tenho segurança em afirmar que o ganho e a valorização da empresa serão consequência deste trabalho e muito relevante tanto para a empresa assim como para seus acionistas.

 

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Para quem perguntar & Aonde procurar?

A indagação acima representa muito no mundo corporativo. Saber para quem perguntar e principalmente aonde procurar por uma informação são fatores decisivos de sucesso, ou no mínimo, de exposição positiva ou negativa.

Sabemos que o ambiente corporativo está sempre em constante evolução, novas ferramentas, novas técnicas e até mesmo novas teorias de negócios são cada vez mais constantes. Os profissionais há mais tempo no mercado devem se lembrar muito bem dos tempos áureos da reengenharia dos processos das empresas. Quanto tempo e dinheiro foram investidos nesta onda de gestão?

No período da faculdade um dos principais aprendizados que tive foi de um professor que admirava muito! Ele, com toda a sua sabedoria, comentou comigo após uma de suas aulas que apesar de todo nosso esforço e dedicação, o segredo do sucesso profissional estaria intimamente ligado ao fato de se escolher muito bem para quem perguntar sobre um determinado tema, ou até mesmo aonde procurar por uma nova informação!

Esta simples ajuda me fez refletir muito, e apesar deste aprendizado já ter mais de 30 anos, ele se mostra muito atual.  Escolher muito bem para quem perguntar significa escolher para quem possamos expor nossas dúvidas, nossos dilemas ou até mesmo nosso desconhecimento sobre um determinado assunto. Já saber aonde procurar mudou drasticamente. Há 30 anos a internet não era uma realidade, e saber aonde procurar e pesquisar sobre um determinado assunto era fator decisivo de sucesso profissional.

As fontes de pesquisa e conhecimento disponíveis na internet, desde então se multiplicaram exponencialmente. Entretanto,  fiquemos vigilantes sobre os “fakeposts” que existem também na área do conhecimento. Conhecer a fonte da informação será sempre muito importante para validação de qualquer informação. Já passou pela experiência de levar uma informação falsa adiante? Como se sentiu?

Portanto amigos,  considero “Para quem perguntar & Aonde procurar “ um ensinamento muito importante e que procuro colocar sempre em prática.

Convido  vocês a uma reflexão sobre o tema!

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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“Core Business” X Oportunidade!

A expressão “core business”, ou seja, negócios centrais ou principais é muito utilizada nas principais escolas de negócios, assim como, praticado no ambiente empresarial.

Sabemos o quanto é importante definir atividades fins da empresa. O planejamento estratégico traz este tema de forma bastante estruturada. Entender muito bem as atividades “core” de uma empresa é realmente necessário, entretanto, trago aqui um questionamento: O que faríamos com nosso “core business” se recebêssemos a oportunidade de atender, com pequenas variações de nossas atividades do dia-a-dia um novo cliente? Sendo este cliente uma multinacional de extrema importância em seu ramo de atuação, o que faríamos? Declinaríamos o interesse da empresa em nossos serviços devido a não estar no “core business” de nossas operações? Ou adaptaríamos o nosso negócio para acomodar um novo e importante cliente?

A resposta poderia ser “depende”, mas trago para vocês uma reflexão importante! No atual momento a busca por clientes, principalmente clientes estratégicos, é cada vez mais desafiante. Não é todo dia que conquistamos estes clientes. Muitos de vocês sabem como é difícil para empresas nacionais de pequeno e médio porte terem em seu portfolio clientes desta envergadura. Pois bem, observei de uma determinada empresa esta frustrada experiência recentemente, declinando formalmente do interesse em atender uma multinacional estratégica em seu ramo de atuação, e pasmem a justificativa foi não estar 100% alinhado com o “core” dos negócios da empresa.

Na verdade este caso destaca para mim como gestores limitados deixam seus clientes irem para a concorrência, frustrando inclusive sua equipe que pretendia ter o cliente em seu portfolio, assim como, seus acionistas que nem ficam sabendo do ocorrido.

Meus amigos, tenham sim seu “core business” definido, validem sim seu plano estratégico, mas acima de tudo, estejam perto do mercado e se preciso for, ajustem seus planos para não permitir que aberrações desta natureza ocorram, ou seja, capturem os novos clientes.

Após o inicio de uma parceria, nunca se sabe o que podemos conquistar em um novo cliente.

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Saber sair ou entrar , a Arte!

Sabemos que todos os profissionais ao longo da carreira e motivados pela evolução profissional, passarão pelo desafio da troca de emprego. É ai que a habilidade para efetuar esta troca se faz necessária.

Principalmente pelo fato do profissional liderar o seu processo de escolha e desenvolvimento, seja por ter o privilégio de poder escolher, ou simplesmente por ser dono de sua carreira (dois temas que comentei em artigos anteriores e que recomendo a leitura). Este profissional ao longo de sua jornada passará pelo desafio de saber negociar sua saída do atual empregador, assim como, seu inicio em um novo desafio.

É cada vez mais raro o profissional que dedica uma vida inteira a uma única organização. Os poucos casos que ainda existem apresentam histórico bem diversificado de experiências e desafios ao longo de toda a carreira. O fato é que ao longo de sua carreira o profissional enfrentará algumas vezes o desafio da saída ou da entrada em novas organizações, e é exatamente ai que mora o perigo!

Vivenciei ao longo de muitos anos este processo e muitos casos foram bastante desastrosos para ambos os lados. Sempre utilizei a expressão: deixar a porta aberta. Isto mesmo, no caso de sair de uma organização, seja por escolha própria para um novo desafio, ou infelizmente por contingências do nosso atual momento político, econômico e social. Devemos negociar muito bem este processo. É sem dúvida uma Arte”, e posso afirmar que muitos profissionais negligenciam este momento, esquecendo-se do que comentei a pouco. Em muitos casos ao saírem de uma organização não se dão conta do que os espera no futuro, e acabam até menosprezando o empregador que os acolheu até este momento.

Para o profissional atingir o sucesso em sua área de atuação ele terá que conquistar a admiração de seus clientes, de sua equipe/empresa, e também de de seus concorrentes. Nestes momentos será fundamental manter o excelente relacionamento e deixar sempre a melhor impressão. É exatamente ai que o famoso “networking” entra em ação. São infindáveis os casos de profissionais que são atraídos pelos seus concorrentes, ou muitas vezes indicados para eles por seus clientes em comum.

Portanto, meus amigos, mantenham sempre em suas carreiras o saber sair e saber entrar nas organizações com relevância e importância ao seu processo de evolução profissional.

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Privilégio da Escolha!!!

Muitos profissionais começam suas carreiras sem ao certo terem a certeza se é realmente este o caminho que estão buscando. Muitos simplesmente deixam a “maré” leva-los a algum lugar, as vezes por estarem em uma boa empresa, com benefícios, ou simplesmente por comodismo mesmo!

Comentei sobre carreira em um outro artigo meu publicado há tempos, que indaga exatamente quem lidera este processo (recomendo a leitura em meu blog). Destaquei neste artigo que no centro das decisões está o profissional, ou seja, você!. A empresa, ou projeto de empreendedorismo, será o “veículo” para levá-lo aonde planeja chegar.

Sem nenhum receio de errar, quando o profissional estabelece este caminho, ou seja, liderando o seu plano de desenvolvimento, posso afirmar que ele sabe com alto grau de precisão aonde pretende chegar e consequentemente tomará as decisões com maior assertividade.

Ao longo da carreira, sendo um profissional de destaque no que faz, surgirão inúmeros convites e oportunidades de mudança, sejam internas ou externas (mercado). Os headhunter, caçadores de talentos, estão sempre antenados e na busca de profissionais que façam a diferença para os clientes que os contratam. Saber tratar as oportunidades e negocia-las, declinando ou aceitando não é uma tarefa fácil, e em muitos casos perturba o profissional chegando até a prejudica-lo.

O privilégio da escolha é uma arte, fortalece os profissionais que se prepararam ao longo do tempo e que sabem exatamente aonde querem chegar.

Para atingir o objetivo de ter o privilegio da escolha quando a oportunidade bater em sua porta recomendo que os profissionais, independente de sua área de atuação, estejam sempre a frente de seu tempo em suas áreas buscando sempre a capacitação e atualização permanente, além é claro da manutenção e desenvolvimento constante do relacionamento.

Nada acontece por acaso também no mundo corporativo e as oportunidades aparecerão para os melhores profissionais. É de fato uma relação de causa e efeito, ou seja, se prepare e se planeje, liderando sua carreira e aonde pretende chegar que consequentemente o privilégio da escolha estará em suas mãos!

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Por que o baixo nível e interesse em reuniões?

Não é novidade que o baixo nível de interesse em reuniões tem sido uma constante no universo corporativo, mas por que esta situação e comportamento se repete há muitos e muitos anos? Como resolver ou minimizar este comportamento?

Existem vários fatores que contribuem para isto e não podemos de forma simplista acreditar que este desinteresse esta associado somente à performance de seus participantes.

Listo abaixo os principais fatores que, no meu entendimento e experiência, contribuem de forma significativa para o baixo interesse nas reuniões. São eles:

Reuniões sem pauta especifica definida: É muito comum o convite para reunião aonde será tratado um número excessivo de temas e assuntos, gerando falta de foco especifico, e pior, prolongando de forma demasiada o tempo estimado para a reunião. Recomendo que a pauta seja específica, mesmo que isto gere desdobramento em outros temas/reuniões.

Reuniões sem liderança específica: Nem sempre quem gera o convite da reunião é o líder e responsável pela mesma. Muitas vezes vivenciamos a liderança da reunião compartilhada e com interesses também divergentes. É fundamental que a liderança sobre o tema que será discutido seja definida.

Reuniões com número excessivo de participantes: Muitas vezes, visando a socialização ou aplicação do politicamente correto, convidamos um numero excessivo de participantes para reuniões. O excesso de participantes geralmente prejudica a produtividade das reuniões. É de extrema importância que exista um balanço e critério para a participação nas reuniões.

Reuniões com participantes sem nenhuma autonomia para tomada de decisão: Assim como o número excessivo de participantes nada contribui para a produtividade das reuniões, outro fator muito comum é a participação de colaboradores sem nenhuma capacidade de tomada de decisão. Isto ocorre com frequência, pois os próprios lideres das áreas por acharem as reuniões infindáveis e improdutivas enviam para as mesmas representantes de suas áreas, normalmente sem nenhuma autonomia e conhecimento, prejudicando ainda mais o resultado final.

Reuniões sem tempo definido para inicio e fim: Nada pior do que começar uma reunião não sabendo quando a mesma terminará. É fundamental que o tempo seja definido e cumprido rigorosamente, mesmo que se necessário agendar uma nova reunião para finalizar os temas pendentes.

Reuniões sem controlador de tempo: Da mesma forma que definir o tempo é fundamental para o sucesso da reunião, o cronometrista de tempo, ou “timekeeper” também se faz necessário e considero de extrema importância seu papel nas reuniões.

Reuniões sem registro das decisões e ações tomadas: É mais comum do que aparenta que muitas conversas e decisões são tomadas nas reuniões, mas o registro destas decisões não é formalizado, seja em ATA (antigo mas que funciona) ou simplesmente em qualquer tipo de formalização dos temas e decisões tratadas.

Reuniões com repetição exagerada e excessiva: Muitos temas exigem acompanhamento repetitivo de sua evolução, entretanto temos que ajustar o momento certo para que o “check-point” e evolução dos assuntos e temas seja produtivo. Por exemplo, se a evolução dos assuntos ocorrem de forma real e factível quinzenalmente, nada adiantará manter “check-point”: semanal!! Atenção com isto!!

Reuniões com excesso de distração: Sem dúvida e sem receio de me posicionar, uma parcela significativa dos problemas em reuniões está relacionado ao comportamento de seus participantes. Não é incomum chegarmos nas reuniões e notarmos vários computadores, tablets e smartphones conectados e prontos para que a distração ocorra. Quantas vezes notamos trabalhos paralelos e participantes que estão na reunião somente de corpo presente, mas muitas vezes não prestam sequer atenção no que está sendo tratado e discutido. Desculpem, mas é muito desagradável vivenciar este tipo de comportamento. Se os participantes não ajudarem nunca teremos reuniões produtivas e eficazes.

Procurei compartilhar com vocês um pouco da minha experiência, e algumas ações que sempre procurei tomar para que as reuniões que eu liderava fossem as mais produtivas e eficazes. Acredito que a aplicação na prática de algumas das ações listadas tornará as reuniões muito mais produtivas e prazerosas. Boas reuniões!!!

 

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Turnaround ! As três etapas deste processo!!

Há muito tempo escutamos a expressão “turnaround” no mundo corporativo. Na verdade como podemos sintetizar a importância da virada nas organizações hoje em dia?

Compreendo como “turnaround” ou “virada de rota, o fato real de colocar uma organização “nos trilhos”, ou seja, retornando o crescimento e desenvolvimento dos seus negócios em seu ramo específico de atuação, visando a rentabilidade e dividendos a seus acionistas e investidores.

Porem, não faremos este movimento e não teremos os resultados esperados se não tivermos uma clara visão do que realmente buscamos. Neste momento considero que o planejamento estratégico seja vital para os resultados esperados.

Na minha experiência em projetos que pude atuar diretamente, divido este planejamento estratégico em três etapas muita distintas e bem definidas:

1 – Transformação: Considero esta etapa de extrema importância, principalmente pelo fato de termos que promover muitas mudanças organizacionais e culturais. É nesta etapa que causamos o impacto que esperamos na organização, e que podem ser consolidados nas seguintes ações:

  • Reavaliação/definição estratégica das atividades (core business);
  • Reavaliação dos conceitos de missão, visão e valores;
  • Implementar mudança de rota, se necessário;
  • Reavaliação do portfólio da empresa & política comercial;
  • Promover mudanças necessárias na organização;
  • Reavaliar toda a politica de cargos/salários/incentivos;
  • Ações para melhoria do clima organizacional e retenção de talentos;
  • Estabelecer eficazes canais de comunicação interno e externo;

2 – Otimização: Visa o aumento de performance nas atividades da empresa, focando principalmente no aumento da eficiência. Uma vez que a etapa de transformação promoveu as mudanças esperadas, nesta etapa buscamos ganhos de produtividade em todas as áreas.

As organizações tem uma tendência com o passar do tempo, e principalmente com o cumprimento do “orçamento estabelecido”, de criarem “gorduras”, termo que uso para custos adquiridos!

A eficiência de uma empresa é medida, basicamente, pelo faturamento dividido pelo custo da empresa, portanto, temos dois caminhos bem claros para o aumento da eficiência. O primeiro é aumentar o faturamento que nem sempre é uma tarefa fácil e o segundo é reduzirmos os custos, o que muitos executivos ainda não priorizam.

Acreditem, temos que revisitar todos os custos periodicamente, sejam eles de produção, comercialização, administrativos, serviços, enfim, toda a cadeia e os processos podem ser revisitados e sempre melhorados. Acreditem nisto!!

Estabeleci ao longo dos anos este processo de otimização e destaco que os resultados foram sempre surpreendentes.

3 – Expansão: Etapa que possibilita o crescimento da empresa em busca do melhor para seu negócio. Há duas formas totalmente distintas de expansão:

3.1 – Expansão Orgânica: Crescimento com o uso de capital próprio, financiamentos bancários, investidores Anjo ou através de fundos privados (Private Equity). O custo do capital é o maior desafio para os empresários que buscam crescimento orgânico de suas empresas. É importante destacar também que as empresas que passaram pelas etapas citadas anteriormente, terão maior atratividade por parte dos investidores, obtendo avaliação muito positiva sobre seus resultados. Eu afirmo que estas empresas fizeram literalmente a lição de casa!!

3.2 – Expansão por Aquisição: Visa a expansão dos negócios através da aquisição de empresas que complementam o portfólio ou até mesmo que concorram no mesmo segmento. Consolidando assim as operações e obtendo ganho de escala.

Normalmente as empresas que estão neste segmento apresentam excelente liquidez e acesso a capital de baixo custo, seja pela captação no mercado ou seja pelos bancos de fomento e investimento.

Muitas empresas que abriram o capital, isto é, já passaram pela Oferta Inicial de Ações (IPO) e mantem ações negociadas em Bolsa, apresentam esta característica e tem maior apetite por seguir sua expansão por aquisição. Importante destacar que as empresas de capital aberto são regidas por regras rígidas das Comissões de Valores, e ressalto também que as melhores práticas de Governança e o transparente relacionamento com os Investidores (RI) são indispensáveis.

Há poucos meses vivenciei, através de minha consultoria, um projeto aonde tive a oportunidade de colocar em prática os conceitos descritos, e acreditem, tivemos resultamos surpreendentes, sendo capazes de transformar a empresa e atrair investidores, levando a mesma para um patamar distinto no mercado em que atua.

Portanto, entender o estágio em que sua empresa se encontra e alinhar o planejamento estratégico para, não somente promover a “virada”, mas também para a busca do crescimento, são etapas fundamentais para o atingimento dos resultados que se espera.

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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A admiração pelo chefe acabou? E agora?

Tenho vivenciado inúmeros casos de clientes e pessoas do meu relacionamento relatando situações com relação ao seu chefe ou superior direto.

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