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O que esperamos de 2022?

Amigos, que período desafiante temos enfrentado nos dois últimos anos! Muitas incertezas e está tudo realmente virado!

Ondas intermináveis desta pandemia que nunca acabam, as incertezas globais em função das cadeias globais de abastecimento, volatilidade, inflação, FED, bolsas, criptomoedas, ufa! Quanta coisa ao mesmo tempo e tudo junto e misturado!

Para piorar, em nosso país é tudo ainda mais amplificado e toma proporções inimagináveis! Neste ano teremos eleições nacionais, meu Deus! A polarização política que assola nosso povo nos últimos 3 anos se intensificará ainda mais. Nós contra eles, ou eles contra nós? O fato é que quem paga esta conta? Logicamente a grande maioria deste país, classe trabalhadora e produtiva.

Precisamos ter cautela, mas acima de tudo, discernimento e muita resiliência para atravessarmos este ano da melhor forma possível, ou se alguns preferirem, da menos pior possível.

Quais as recomendações que poderíamos destacar para este ano tão desafiante? Tenho feito esta reflexão há algumas semanas, falado como muita gente e lido bastante sobre o tema… confesso que a bola de cristal nós não temos, mas compartilhar este momento com vocês me motivou a colocar algumas sugestões no papel. Vamos lá:

  • A pandemia é um fato! O melhor que podemos fazer é fazermos a nossa parte. Nos protegermos da melhor forma possível, e da forma que cada um considera melhor para si e seus familiares. Parar de questionar tanto, vacina X não-vacina, não sejamos doutores no que não somos. Façam sua parte no que realmente acreditam, sem viés político e sem polarização. Eu e meus familiares nos vacinamos, mas cada um cada um… respeito as opniões e posições. Porém se proteger com ou sem a vacina é a Responsabilidade de todos. Coloquem isso em prática!
  • A polarização política assola nosso país. Narrativas e “fakenews” estão sendo veiculadas a todo tempo. O que fazermos? Em quem acreditarmos? Vivenciei amigos próximos terem discussões bem acaloradas com seus amigos e familiares, e muitos tendo que recuar para não perderem o convívio e harmonia em suas casas. Para que tudo isso? Por que tanto radicalismo? Não vou aqui defender minha preferência política, vou apenas sugerir que possamos passar por este momento com um pouco mais de leveza, e para isso algumas recomendações: evite o debate em seus lares, cheque a fonte antes de propagar qualquer notícia, respeite a posição que não seja a sua. Pessoal, na boa, lutamos para consolidar nossa democracia e é nisso quê realmente acredito, e espero que possa sair fortalecida nas próximas eleições.
  • Mercado financeiro. Está aí um enorme desafio! Onde buscarmos algum ganho e rentabilidade para nossos investimentos? em quem realmente acreditarmos? Sabemos que o ano passado foi realmente muito ruim, com a maioria dos investimentos perdendo para a inflação. Cautela não necessariamente deve ser encarada como paralisia. Existirão boas oportunidades no mercado neste ano e faremos uma média das principais recomendações. Com o aumento da taxa de juros e com a meta da inflação apontando para 5%, e respeitando o perfil de cada investidor, deveremos buscar um mix de investimentos em renda fixa pôs fixados, fundos, algumas ações que poderão oferecer bons dividendos e valorização, BDR’s que possibilitam acesso a excelentes papéis globais, alguns índices ETF’s, enfim, o mix deverá ser bem balanceado respeitando o perfil e aversão ao risco de cada um. 
  • As oportunidades de negócios sempre existiram em nosso país. Nossos empreendedores São criativos e corajosos, sim corajosos. Como já falei em outros artigos empreender em nosso país não é para amadores. Temos uma taxa muito elevada de desemprego formal, superior a 13%, mesmo assim acredito que observaremos muitas oportunidades ao longo do ano. Esperamos que os governantes nas três esferas, municipal, estadual e federal, tomem ações e medidas que propiciem o fomento dos negócios, estimulando assim a economia.

É meus amigos, se chegaram até aqui é porque, assim como eu, buscam um ano melhor. Não existe mágica e ações pirotécnicas. Precisamos sim colocar em prática algumas das recomendações que com muita humildade e boa intenção compartilho com vocês. No mínimo nosso nível de stress estará sob controle… pratiquemos isso!

Um grande abraço e um feliz 2022 para todos!!!

Eduardo Stefano

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TECNOLOGIA, DEPENDÊNCIA & REVOLUÇÃO!

Somos cada vez mais dependentes da tecnologia, sua difusão e popularização, principalmente através da combinação da internet, redes sociais, dispositivos smartphones com penetração incomparável e seus infindáveis aplicativos (app). Vivenciamos um número surpreendente da  conectividade, digitalização e automação.

A utilização das redes sociais cresceu exponencialmente, impactando muito as pessoas, suas vidas  e comportamentos.

A quarta revolução industrial, chamada também de indústria 4.0, está totalmente ancorada na tecnologia e conectividade. Vale lembrar que não temos ainda disponível comercialmente a tecnologia 5G, e que não será exatamente a evolução da tecnologia 4G, mas uma revolução, promovendo oferta de banda (dados e conectividade) dezenas, ou até centena, de vezes maior do que a banda disponível no momento.

Esta oferta de banda viabilizará ainda mais as aplicações IOT (internet das coisas, em inglês) tendo como um de seus melhores casos de sucesso e exemplo de aplicação, dentre muitos, os veículos auto tripulados.

Ao falarmos da abundância e riqueza de dados que temos disponível, temos o “BIG DATA” (abundância de dados, em inglês), e ao colocarmos inteligência na tratativa destes dados, temos o “BI” (inteligência de negócios, em Inglês) e sem dúvidas suas múltiplas possibilidades de aplicações como “M2M” (maquinas conectadas, em inglês) e inteligência artificial – “AI” (Inteligência artificial, em Inglês), máquinas cada vez mais poderosas se antecipando a tudo e a todos. Já somos impactados por AI através das redes sociais e uma série de outras interfaces e aplicativos em nosso dia a dia.

A dependência da tecnologia é um fato irreversível. Quando analisamos os rankings das maiores fortunas mundiais, listamos 7 das 10 maiores fortunas vieram de empresas e conglomerados que não existiam a pouco mais de 40 anos. Isso mesmo, empresas criadas em garagens e quartos de hotel provocaram a revolução que vivemos hoje. Estes bilionários eram até pouco tempo atrás visionários e empreendedores que buscavam algum destaque com suas soluções, mas que com certeza foram além. Observem as 10 maiores fortunas do mundo:

  • Jeff Bezos US$202 bilhões
  • Bill Gates US$ 125 bilhões
  • Elon Musk US$ 115 bilhões
  • Mark Zuckerberg US$ 111 bilhões
  • Bernard Arnault US$ 85 bilhões
  • Warren Buffett US$ 82,5 bilhões
  • Steve Ballmer US$ 80,8 bilhões
  • Mukesh Ambani US$ 79,8 bilhões
  • Larry Page US$77,3 bilhões
  • Sergey Brin US$ 74,9 bilhões                                        Fonte: Bloomber Billionares Index Sept/2020

Falamos aqui somente de seus fundadores e sucessores bilionários. Quando analisamos as empresas que muitos deles fundaram, observamos várias delas no patamar de 1 Trilhão de dólares, com destaque a Apple Inc., empresa mais valiosa do mundo com 2 Trilhões de dólares de valor de mercado, superando o PIB de nosso País, e representando 10% do PIB dos EUA. Incrível esta marca!

Observem  o caso do conglomerado TESLA e de seu fundador Elon Musk, multiplicaram seu patrimônio alguns vezes somente neste ano mesmo durante o caos desta pandemia mundial. Enquanto as outras fabricas tem carros embarcados com  alguma tecnologia, no caso da TESLA temos a tecnologia embarcada com motor e rodas. Atualmente a TESLA tem o valor de mercado superior ao valor combinado de algumas montadoras tradicionais dos EUA, Europa e Japão. Isso ratifica ainda mais o poder da tecnologia e suas tendências mundiais.

Fica difícil de prever aonde chegaremos, se estes conglomerados crescerão ainda mais, se os bilionários ficarão trilionários, se as empresas valerão mais que o PIB dos países acima do Brasil na lista mundial, mas o fato é que é caminho sem volta e com certeza a dependência cada vez maior da tecnologia é um fato relevante e irreversível.

Importante será saber usufruir da melhor forma da tecnologia disponível, tornar nossas vidas mais produtivas, mais práticas, mais seguras e saudáveis, mas que não percamos a nossa essência e que nossa dependência seja dosada de alguma forma, caso contrário, estaremos escravos de tudo isso. Cuidado, vale o alerta!

 

Eduardo Stefano

Consultor & Palestrante

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Santo de casa faz milagre?

Acredito que já escutamos muitas vezes  o questionamento acima? Pode realmente o santo de casa fazer milagre?

Esta metáfora explica muito bem o que ocorre no mundo corporativo, e que escutamos esta provocação há décadas!

Muitos profissionais já vivenciaram esta situação e  se frustraram, pois acreditam que não tiveram as oportunidades de desenvolvimento nas empresas que estavam e que se dedicaram por muitos anos, e que vivenciaram a contratação de profissionais de mercado para posições de destaque na empresa.

Tenho absoluta convicção que esta situação é uma relação de “causa e efeito”, e logicamente, tem desdobramentos que implicam também ao empregador, assim como, ao empregado.

Portanto, vamos lá…

Primeiro, existem realmente empresas que apresentam cultura organizacional mais conservadora, organização hierárquica mais rígida, e em muitos casos as oportunidades de desenvolvimento que possam surgir aos colaboradores sejam restritas, sendo os mesmos preteridos a profissionais de mercado para posições de destaque na empresa.

Por outro lado, é fundamental que o executivo possa ter boa leitura dos fatos, entender e desenvolver  atitudes e comportamentos  que realmente possam causar o diferencial e provocar as mudanças necessárias. Destaco que as novas gerações têm paciência cada vez mais limitada para que as coisas possam ocorrer, e no primeiro sinal de que as coisas não vão bem já decidem pela mudança. Isso é bom e é ruim!

Considero três comportamentos e atitudes muito importantes para o desenvolvimento deste profissional: “Auto crítica”, “Resiliência” e “Empatia”.

Estes comportamentos permitem que o profissional possa de fato entender o que realmente esteja ocorrendo na empresa e com ele próprio, e portanto, investir um pouco mais de tempo para que as oportunidades aconteçam. Muito importante também que o profissional faça auto crítica de suas competências e que demonstre a dedicação e a performance necessária no dia a dia de suas atribuições. Fato este que nem sempre ocorre!

É imperativo que o profissional  possa sempre decidir e liderar suas escolhas de carreira, já muito comentado em outro artigo “Plano de carreira, existe? quem lidera?”, decidindo sobre o seu futuro profissional e indo ao encontro do local que apresente as oportunidades de crescimento e desenvolvimento esperadas.

Podemos dizer: “sim, santo de casa pode fazer milagre, mas dependerá muito do templo em que atua, assim como, de seu merecimento a conquista do milagre”.

Portanto amigos, invistam sempre em vocês e sejam sempre os gestores de suas oportunidades de desenvolvimento e carreira. Tenho a certeza que um dia o milagre será feito!

Estejamos preparados!

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Vamos voltar a normalidade? Quando?

Muitos estão se perguntando, quando retornaremos à normalidade? quando teremos nossas vidas de volta?

Importante destacar que a normalidade e rotina que tínhamos até março deste ano em nossas vidas  não teremos mais, mesmo que com a reabertura gradual de nossa economia, e justifico:

O impacto criado por nossos governantes, em função da pandemia que estamos enfrentando, foi gigantesco. Não tenho receio de me posicionar e comentar que a dose foi exagerada em muitas regiões e mercados, tornando o remédio um veneno em muitos casos, criando terra arrasada em muitos setores.

As quarentenas buscaram retardar a alta procura ao sistema de saúde, alegando que o mesmo não estaria capacitado para suportar esta demanda, e após 70 dias, escutamos as mesmas desculpas, e pior, com fortunas já gastas em nome do estado de emergência. Afinal como geriram estes recursos? Por que não foram sanados os gargalos na saúde? Esperamos realmente que a Polícia Federal através da operação COVIDÃO, oficialmente batizada de Placebo, possa realmente abrir a caixa de pandora em alguns estados da federação, inclusive já com operações já realizadas no RJ.

A decisão polêmica de fecharem todos os serviços não essenciais foi dramática e forçou muitas empresas a tomarem decisões que não tomariam em condições normais. Estamos tendo impacto em nossas vidas na esfera familiar, social, profissional, mas importante destacar que o retorno a normalidade não será mais o mesmo, e apesar de já ter sido destacado no artigo AC & DC, fatos!, trago reflexão adicional sobre alguns pontos:

Home office: Mais do que comprovada a eficiência demonstrada nas atividades de home office. Agora acreditam que a normalidade voltará? Por quê?  se a eficiência do trabalho remoto em muitos setores foi demonstrada!, se a redução de custos operacionais para o funcionário não ficar no escritório foi comprovada!, principalmente os custos gigantescos com aluguel, condomínio, transporte, alimentação, etc. A nova normalidade será outra, não existem dúvidas que muitas empresas decidirão por novas medidas e utilizarão a eficiência e redução de custos nas atividades de home office, melhorando assim seus resultados operacionais. Muitas inclusive já anunciaram decisões sobre o tema nos principais veículos de comunicação.

Restaurantes: Muitos restaurantes se viram forçados e de forma muito rápida a migrarem  de suas operações para delivery  ou “take away” . O fato é que com a maior difusão dos aplicativos de alimentação (ifood, rappi, uber-eats, etc.) muitos restaurantes viram nesta nova modalidade a forma de sobreviverem neste período, e em muitos casos, a forma também de reduzirem seus custos operacionais, principalmente custos relativos a operação de física, com salão e toda a infra estrutura necessária para a operação. Veremos forte movimento de migração de pequenos e médios restaurantes para somente a modalidade de entregas, reduzindo assim seus custos e conseguindo, quem sabe, sobreviverem no retorno à nova normalidade.

Educação: Nossos alunos de todas as idades estão sendo capacitados de alguma forma através das aulas de vídeo (gravadas) e também das “lives” que tem sido feitas. EAD não é uma novidade, mas muitas escolas tiveram que se adaptar rápido a este novo momento. As que já tinham alguma plataforma de apoio digital sofreram menos, porem, a grande maioria não detinha nenhum veículo de comunicação digital com seus alunos, e estas sim, sofreram mais para se adaptarem. Não acreditamos que o normal daqui para a frente será o mesmo que tínhamos até março. Veremos  mais iniciativas virtuais e hibridas no futuro próximo.

O impacto desta pandemia veio para ficar marcado em nossas vidas, para darmos muito mais valor as coisas básicas que fazíamos e que tínhamos, e para permitir que possamos repensar sobre o que será e como será a nova normalidade!

Estejamos preparados!

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Efeitos DC na cadeia de suprimentos.

Estamos enfrentando nos últimos meses o maior impacto sanitário e econômico das últimas décadas. Nada parecido podemos estabelecer como comparação e referência.

O que chamamos de DC, “Depois do Corona Vírus (covid-19)”, ou seja, impactos que teremos em praticamente todas as áreas serão realmente fortes e mudarão a relação de forças em todo o mundo. Comentei isso em outro artigo específico: AC & DC, fatos!, que recomendo a leitura.

Destacamos aqui a cadeia de suprimentos mundial e como o impacto do corona vírus mudará esta relação de forças em todo o mundo.

Vivenciamos que nos últimos 30 anos forte migração do parque industrial de muitos países para países que apresentavam até então custo total de produção mais baixo, principalmente, com a mão de obra mais competitiva. A China foi o grande destino da maioria destas indústrias, sendo elas de origem americana, japonesas e também da união europeia, ou seja, respectivamente a primeira, a segunda e a terceira economias mundiais definindo forte migração de suas cadeias de fabricação e suprimentos para a  China.

Muito se questionou nas últimas décadas sobre as condições de trabalho na China, e que em muitos casos, se assemelhavam à trabalhos escravos, etc., mas o fato é que apesar deste repudio mundial às condições de trabalho na China, nunca de fato foram comprovadas estas irregularidades, e o mundo em quase sua totalidade migrou boa parte de suas cadeias de produção para fornecedores chineses.

A China por sua vez fez sua parte, cresceu nos últimos 20 anos a uma taxa superior a 6,7% a.a., e por seus méritos e competência atingiu e se consolidou como a segunda maior economia mundial, ultrapassando o Japão e a união europeia. Lembrando que ocupava há trinta anos a décima primeira posição no ranking, inclusive atrás do Brasil. Um salto impressionante!

O fato é que as consequências e os efeitos, durante e pós pandemia, estão sendo devastadores para muitas potencias econômicas mundiais, se vendo forçadas a praticarem leilão para adquirirem insumos e equipamentos hospitalares. Vivenciamos cancelamentos de pedidos de muitos países e até mesmo disputas por insumos em aeroportos, mundo a fora. Potencias como EUA, Japão e união europeia totalmente reféns de produtos considerados básicos do ponto de vista tecnológico, mas que em sua grande maioria são industrializados na China, caso típico dos respiradores auxiliares para UTI’s, além de uma série de outros insumos EPIs.

Não restam dúvidas que esta relação e equilíbrio de forças da cadeia de suprimento mundial mudará, e já estamos vivenciando uma série de medidas que estão indo ao encontro deste objetivo. Destacamos a indústria japonesa por exemplo, com investimentos e incentivos bilionários do governo japonês, estão buscando alternativas com menor dependência da China, trazendo de volta para casa ou para outros países do sudeste asiático importantes marcas de seu portfolio de empresas, como Canon, Toshiba, Nikon, Fujitsu, Toyota, Honda, Mitsubishi, dentre muitas outras importantes marcas já conhecidas no mercado mundial.

E o que podemos falar da relação EUA -China?  Até pouco tempo atrás travavam uma guerra comercial e que pouco antes desta pandemia chegaram a um acordo parcial e que apenas minimizou a volatilidade e instabilidade nos mercados de capitais.

Atualmente muitos analistas chamam este novo momento entre os dois países de “a nova guerra fria”,  (Alusão à tensão geopolítica entre os EUA e seus aliados contra União soviética, no período pós II Guerra mundial e que perdurou até sua dissolução com o fim da União Soviética no início da década de 90).

Com a pandemia atual,  a relação de dependência dos EUA com a China aflorou ainda mais o discurso do presidente americano Donald Trump, enfatizando em suas mensagens a necessidade de menor dependência, desejando assim  ter seu parque industrial de volta.

Lembramos que  quando Trump era candidato às eleições americanas em 2016,  esta já era uma forte mensagem nacionalista em todos os seus discursos, e que em parte, contribuiu para sua eleição e vitória.

O fato é que esta relação de forças mudará o eixo comercial do mundo todo. Temos que enaltecer a competência do povo chinês e seu crescimento, mas é fato que o mundo ficou abalado e preocupado com esta relação de dependência.

Acreditamos que os próprios líderes chineses estão preocupados com o desencadeamento de decisões que muitos países possam adotar, buscando alternativas para  suas estratégias de suprimento. Fiquemos atentos aos próximos passos.

 

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Estado de Emergência? Cuidado!

Estamos enfrentando uma pandemia sem precedentes em nossa história, eu diria que mesmo os mais experientes e que viveram muitos anos no século passado nunca vivenciaram de fato o que está ocorrendo em todo o mundo, e particularmente em nosso país.

Este vírus chegou sem cerimônias, sem pedir licença e de forma avassaladora em muitos países, mudando praticamente a rotina de tudo e todos.

Aqui em nosso país foi decretado o estado de emergência no governo federal, em muitos estados e também em muitos municípios. Puxa que bom! que eficientes e rápidos são nossos gestores públicos. Entretanto fica aqui uma enorme preocupação! A conta vai chegar! Isso mesmo. O estado de emergência estende poderes  ao gestor público para fazer muitas coisas, desde estourar o orçamento previsto até aquisições por dispensa de licitação. E é aí que está o perigo!

Para que todos nós estejamos na mesma página, em tempos normais e não em estado de exceção ou emergência, a gestão pública somente faz aquisição de qualquer tipo de produto ou insumos através de processos licitatórios regidos pela conhecida lei 8.666. Lei esta que rege todas as condições para que possamos ter um processo de compras governamental transparente e justo, pelo menos é isto que se propõe a lei, e que vença e seja habilitado sempre o melhor candidato.

Porém, no exato momento que vivemos esta crise pandêmica grave, estão se multiplicando os gastos com compras de tudo que se possa imaginar, principalmente insumos hospitalares. Anúncios de centenas de milhões de Reais estão sendo gastos em novos hospitais de campanha, materiais de EPI (Equipamentos de Proteção Individual), respiradores para CTI , dentre muitos outros produtos, e tudo isso sem licitação, ou seja, informem o preço , “negociamos”  e vamos comprar. Agora fica a pergunta, será que todos estes hospitais serão realmente necessários? E o que será feito com este legado? Existem cidades que preferem montar hospitais de campanha do que finalizar hospitais que já estão praticamente prontos.

Esta liberdade amparada pela lei é muito temerária. Infelizmente fomos eleitos por muito anos como um dos países mais corruptos do mundo. A operação “lava-jato” de alguma forma moralizou e assustou muito os gestores públicos, assim como, os gestores privados; mas estamos longes de termos atingido a ética e “compliance” necessários à melhor condução e transparência nos negócios.

Esperamos estar errados, mas o momento atual é muito preocupante e poderá ser uma abertura para novos escândalos de corrupção no futuro próximo.

Por isso é muito importante que estejamos vigilantes, que o Ministério Público, tribunais de contas, assim como, os responsáveis por “compliance” dentro das organizações possam atuar da melhor forma possível para mitigar este potencial risco.

Já estamos sofrendo muito com o confinamento imposto, com a sombra de uma possível contaminação que possa ser eminente e com a perda de entes queridos.

Sabemos também que os impactos econômicos serão gigantescos, afirmando que entraremos em uma recessão neste ano, com a taxa de desemprego recorde e com crescimento negativo de nosso PIB. Mesmo assim, esperamos que os nossos gestores públicos e privados possam dar o exemplo e garantir que não existam abusos e ou escândalos. É o que esperamos!

Porém, estejamos sempre vigilantes…

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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AC & DC, fatos!

Como poderíamos, no século XXI, prever o impacto que todos nós estamos vivendo nos dias de hoje em nossas vidas?  Não poderíamos prever e nos anteciparmos a tudo isso de alguma forma?

AC & DC, ou melhor “Antes do Corona” e “Depois do Corona vírus” é de fato uma grande e profunda reflexão.

Estamos vivendo um momento sem precedentes em nossa história. Quando poderíamos imaginar quarentena em quase todo o mundo? Sendo impactados por um número absurdo de informações, vindas de todos os lados, e infelizmente muitas informações falsas e que não ajudam em nada, somente atrapalham e geram ainda mais instabilidade e insegurança.

O número de bobagens que temos escutado é um absurdo, imputando culpa em países, povos, pessoas, governos e tentando se tirar proveito político de tudo isto.

Se os governantes tomam alguma decisão, dizem que exageram na dose, se não tomam decisões dizem que são relapsos e ineficientes. O número de pessoas também irresponsáveis minimizando o que de fato está ocorrendo mundialmente é insano.

A grande mídia está vivendo um momento também sem precedentes, diríamos  que muitos estão perdidos em como divulgar as principais notícias. Alguns veículos atendendo com serviços de utilidade pública e servindo de fato a população da melhor forma possível, entretanto, outros veículos capitalizando politicamente o máximo possível em cima do drama e sem nenhuma sensibilidade com o momento que estamos vivendo. “Infelizmente em nosso país poucos tentam fazer parecer que quanto pior melhor!”

O fato é que estamos vivendo no mundo inteiro um momento de profundo impacto e que mostra claramente para todos nós como somos frágeis, isso mesmo frágeis, todos nós, incluindo as grandes potencias. Inimaginável a falta de contingência e alternativas de combate contra a disseminação deste vírus.

Com certeza sairemos deste momento ainda mais fortalecidos e experientes. Muito do que estamos colocando em prática em nosso confinamento e quarentena atual  somente se faz possível com o advento da tecnologia, e temos a certeza que tudo isto “DC – Depois do Corona” se acentuará ainda mais, com destaque para:

  • EAD (Ensino A Distância) intensificado. Muitas escolas no momento atual estão gravando vídeo-aulas para os alunos, tentando de alguma forma minimizar a perda com a falta de aulas presenciais. Veremos uma aceleração desta prática, mesmo através das escolas presenciais e tradicionais.
  • Home Office e novas relações de trabalho. A maioria das empresas em home office no momento. Pergunta, por que não intensificamos antes? Imaginem os custos atuais que as grandes corporações detêm com seus escritórios gigantescos e com muitos funcionários com atividades internas. As relações de trabalho e emprego mudarão ainda mais e promoverão  benefício também ao transporte público.
  • Serviços públicos virtuais. Porque precisávamos ir às repartições públicas para inúmeros serviços e agora será possível muitos serviços através do acesso virtual. Veremos um aumento considerável destes serviços públicos virtuais.
  • Telemedicina. Somente agora o governo está liberando e de alguma forma regulamentando este importante serviço. Por que não iniciamos antes? Estes serviços permitirão não somente a redução de custos mas o acesso aos melhores especialistas. Impacto positivo e sem precedentes.
  • Home banking. Não é novidade este serviço para a maioria dos nossos leitores, mas e para grande massa da população? Este serviço será profundamente acentuado e veremos uma aceleração ainda maior no fechamento de agencias físicas em todo o país.
  • E-commerce será ainda mais difundido. O momento atual é dramático para os varejos tradicionais, com severas restrições e fechamento de muitos centros de compras. Em muitos casos recomendam que as lojas possam ficar abertas, porem com as vendas somente de forma não presencial. Ora para que isso ocorra este varejo deveria ter uma mínima plataforma de comercialização, e o fato é que a grande maioria dos pequenos varejistas não tem. O impacto do E-commerce no varejo tradicional tem sido gigantesco, todos acompanhamos isto, mas o fato agora para os varejistas atuais é o seguinte: Ver o E-commerce como oportunidade e não mais como risco. Caminho sem retorno e observem o que as grandes redes tem divulgado através da mídia para tentarem manter parte de suas receitas.
  • Globalização. Não acredito na redução de nosso nível de globalização, comércio, troca de informações e conhecimento, mas acredito que teremos maior controle de fronteira entre os países. Sairemos diferentes deste momento, enorme desafio para diplomacia mundial.

Meus caros amigos, o mais importante neste momento é termos o real discernimento do momento que estamos vivendo, filtrarmos as “fakenews”, fazermos da melhor forma a nossa parte, seguirmos as recomendações dos profissionais de saúde, sermos solidários, conscientes e cuidarmos dos nossos idosos.

Saibam que o nosso mundo DC será diferente, e eu sinceramente espero que seja para melhor!!

Se cuidem…abraços

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Retenção de talentos! Desafio ou arte?

Acreditamos que o tema da retenção de talentos seja pauta de discussão na maioria das empresas, sejam pequenas, médias ou grandes. Reter os principais talentos em uma organização é sinal direto da continuidade das atividades e consequentemente do sucesso que se almeja na organização à médio e longo prazo.

Mas por mais que pareça óbvio, a retenção tem sido um grande desafio para muitas empresas. Reter um talento é buscar a convergência do que este profissional almeja com o que a empresa tem a oferecer para ele. O famoso “plano de carreira”, alinhará os objetivos do profissional aos da empresa.

Muitas empresas, na atual conjuntura do nosso país, mesmo detentoras de sistemas informatizados que exigem atualizações trimestrais, semestrais ou anuais de suas equipes, não dão a devida prioridade ao tema; afinal com o enorme desemprego que assola nosso país, o lado do empregado e suas reivindicações ficam sempre preteridos ao segundo ou quem sabe ao terceiro plano. Pois, pensam alguns empregadores,  ele já tem um emprego e contente-se por isso! Consideramos este um grande erro e que trará consequências para as empresas que possam, mesmo que remotamente, vir a pensar assim. Este comportamento e atitude refletirá diretamente na cultura organizacional.

Um profissional aceitar os caminhos que a empresa possa lhe oferecer sem que estes caminhos sejam exatamente os caminhos que este profissional busca é um sinal cada vez mais claro de que existe grande desconexão entre os dois lados, e consequentemente teremos no futuro profissionais frustrados e com rendimento e performance comprometidos. Lembrem-se, o futuro chegará logo! Está logo ai na frente!

Quando eliminamos o fator desemprego da equação, observamos que muitas empresas enfrentam o desafio de retenção de seus talentos. Em recente análise publicada nos principais veículos especializados foi divulgado que as empresas mais desejadas do mundo (entendam as maiores empresas listadas em bolsa nos EUA) não conseguem reter seus talentos, e que em média ficam menos de 2 anos nestas empresas.

Por mais que parece simplista esta análise, podemos afirmar que a relação empregado e empregador mudou muito nos últimos 30 anos. A tecnologia atualmente disponível, o advento das redes sociais e a forma de  comunicação mudaram radicalmente o comportamento, principalmente dos mais jovens. As fontes e ofertas de informação atuais são riquíssimas e podemos garantir que as ferramentas de retenção do passado não atendem mais as necessidades dos atuais profissionais inseridos no mercado de trabalho. A escalada das startups e “Xtechs” contribuem ainda mais para a nova relação de trabalho.

Ficamos felizes assistindo as novas gerações mais inquietas e decididas, as vezes com dúvidas do que querem, mas com a certeza do que não querem!

Muitas organizações já consideram novos modelos de gestão, “holocracia”, como alternativa para melhorar a retenção de talentos, tornando a organização mais leve e menos hierárquica. Porém, para êxito e sucesso destas organizações, a componente de maturidade dos colaboradores será determinante para o sucesso destas iniciativas.

Em síntese, e visando melhorar a capacidade de retenção dos profissionais, acreditamos que a melhor e mais eficiente fórmula começa na seleção, contratação ou na formação dos profissionais da empresa. Análise de perfil profissional será fundamental para encontrarmos o casamento mais apropriado entre a atividade e o profissional que a executará. A cultura organizacional será chave para validar se o perfil profissional se adaptará a esta cultura.

Acreditem nisso e vamos em frente desenvolver e reter novos talentos no novo milênio.

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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A importância da Mentoria Executiva!

Muitos profissionais avaliam a real necessidade da mentoria executiva. Alguns, por incrível que pareça,  confundem mentoria com coaching ou outro tipo de aconselhamento e apoio profissional. Consideramos todas as iniciativas importantes, porem é fundamental que os profissionais saibam diferenciar a necessidade e o momento de aplicação destas  técnicas de apoio ao desenvolvimento profissional e pessoal.

Para desmitificarmos este assunto, consideramos a  mentoria executiva fundamental para o desenvolvimento profissional de quem necessita. Também conhecida por “tutoria” ou “apadrinhamento”, a mentoria tem como objetivo principal permitir que um profissional mais experiente possa contribuir com o desenvolvimento de profissionais menos experientes.

A mentoria executiva é uma atividade profissional específica e seletiva,  não sendo  recomendada a todos os colaboradores em uma organização. É de fundamental importância selecionar quais profissionais realmente necessitarão  deste tipo de apoio e suporte profissional, definindo claramente o perfil e a necessidade deste tipo de suporte:

Apesar de existirem exceções, entendemos que o perfil mais adequado para a busca de mentoria executiva está nas seguintes posições nas organizações:

  • Profissionais em cargo de gerência geral, CEO, country manager, etc.., principalmente expostos a estes desafios recentemente;
  • Profissionais recém expostos à novas posições de liderança ou expatriados;
  • Profissionais em organizações matriciais e reportando para diversos líderes locais, regionais e em muitos casos globais;
  • Profissionais de empresas familiares em migração e profissionalização;

A mentoria executiva é uma poderosa ferramenta que permiti aos executivos desenvolverem suas habilidades e conquistarem através  da experiência transmitida por seus mentores maior assertividade na tomada de decisão e na escolha dos melhores caminhos a serem seguidos.

Uma analogia muito comum que costumamos fazer é com o piloto de avião. Neste caso, quanto mais horas de voo este piloto tiver maior será sua experiência e respeito conquistado junto a organização. É basicamente assim que funciona também a Mentoria e seu mentor. Na grande maioria das situações já ocupamos as posições atualmente ocupadas pelos profissionais que buscam este apoio e suporte, e sabemos muito bem as dores e desafios destas posições, e desta forma, procuramos auxiliar na tomada de decisão e nos melhores caminhos a serem seguidos.

Observamos recentemente mudanças de perfil nos profissionais em startups e fintechs.  Muitas destas empresas estão buscando para seus quadros profissionais mais  experientes, e por que esta mudança no perfil dos jovens atualmente a frente destas empresas? Principalmente para trazer um pouco mais de balanço, equilíbrio e maturidade na tomada de decisão, assim como, ocorre nas empresas consideradas tradicionais.

Portanto, consideramos a mentoria executiva uma importante ferramenta para o desenvolvimento dos profissionais e para a melhoria contínua do clima organizacional das empresas. Invistam nisso!

 

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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Pedir demissão de quem?

O que de fato realmente ocorre com os profissionais que decidem sair de uma organização em busca de um novo desafio?

Apesar do desemprego que assola nosso país, quando falamos de qualificação profissional vivenciamos este tipo de ocorrência e comportamento nas organizações quase todos os dias.

Mas na verdade o que realmente ocorre quando isso acontece?

Um número realmente expressivo de profissionais que deixam as organizações é cada vez mais comum. Em muitos casos falamos de organizações conceituadas, mas que não estão conseguindo reter seus potenciais talentos. O que de fato temos por trás de tudo isto?

Podemos citar alguns fatores, mas o que tem chamado muita atenção, e que vivenciamos na prática, é o fato de pedirmos demissão de nossos chefes, isso mesmo! Sair da companhia tendo este como nosso principal motivador.

Faça uma reflexão, e procure lembrar de situação que você já tenha vivenciado e que não encontrava saída, a não ser sair da empresa para se ver livre da sua chefia. Chamo propositalmente de “chefia” e não de “liderança”, pois é o comportamento de chefia que frustra e afasta os colaboradores. Acredito que muitos leitores concordam comigo.

O que de fato ocorre para desencadear este tipo de decisão? Eu diria que são muitos fatores, mas resumidamente eu destacaria os que são mais desmotivadores e que promovem realmente a decisão de ruptura. São eles:

  • Muito centralizador, controlador e formal. Tudo tem que passar pelo seu crivo, dando baixa autonomia a equipe e/ou subordinados;
  • Excesso de conjugação dos verbos na primeira pessoa, EU para tudo…e nunca NÓS….
  • Comportamento totalmente incompatível com superiores e subordinados. Um “lord” com os superiores e um “cavalo” com a equipe;
  • Ausente e distante. Se interessa pouco ou quase nada pelo dia a dia da equipe e/ou empresa, sempre monitorando tudo de longe;
  • Baixo conhecimento do negócio e da área de atuação, e pior, sempre interferindo com seu “achismo” sobre os temas e tomada de decisão;
  • Porta fechada sempre;
  • Apontamento de horário excessivo. Como se o horário de entrada e saída nos dias de hoje importasse muito para o sucesso das atividades e/ou produtividade dos profissionais;
  • Nunca fala de sucessão ou desenvolvimento organizacional de seus colaboradores;

Realmente não é nada fácil, principalmente para os profissionais mais jovens vivenciarem este tipo de comportamento nas empresas todos os dias. Entretanto, antes de jogar literalmente a toalha, recomendo que possa demonstrar maturidade e procurar o diálogo. Aproveitar esta oportunidade para com habilidade destacar os pontos de incomodo e buscar um melhor entendimento e acomodação dos desconfortos do dia a dia.

Sempre falei e reitero, somos donos de nossas carreiras e temos sempre que promover a busca do melhor caminho para nós. Sabemos que nada é eterno, mas antes de fato pedirmos demissão de nossos chefes, possamos avaliar todo o cenário, buscar as alternativas internas, seja transferência de área ou função, e mesmo assim, se nada for satisfatoriamente atendido, tome a decisão e busque no mercado o que almeja e seja feliz.

 

EDUARDO STEFANO

Consultor & Palestrante

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