Temos visto uma série de modelos e referencias de administração ao longo da nossa vida corporativa. Muito se discute sobre as principais ferramentas que deveremos adotar
para atingir com maior êxito possível nossos objetivos, mas o que falarmos da própria liderança da empresa, do se
u estilo gerencial, e como sairmos da armadilha, quando a mesma existir?
Existem vários estilos gerenciais, todos de alguma forma apresentam pontos positivos e alguns negativos, … a discutir!
Dentre os estilos mais comuns e conhecidos, destaco:
- Participativo, participa e argumenta em todo o processo de execução e decisão;
- Impositivo, impõem sua vontade mesmo que seus argumentos sejam derrubados em discussões;
- Delegação & Empoderamento, transfere a tomada de decisão para sua equipe, estando sempre a par das decisões e atividades;
- Controlador & Centralizador, todas as decisões precisam sempre passar pelo seu crivo e aprovação;
Para mim, o que é mais complicado de se tratar e que falaremos um pouco mais neste artigo, é o estilo “divisionista”, isto mesmo, que promove divisões ou divergências no seio de um grupo!
Considero este estilo um dos mais difíceis de se lidar, pois a liderança apresenta uma série de comportamentos que prejudicam muito o dia-a-dia, dentre os quais destaco:
- Excesso de controle;
- Fragmentação das atividades, não permitindo que sua equipe enxergue o todo;
- Falta de transparência nas relações;
- Insegurança;
- Desconfiança ;
É realmente muito complicado lidar com este estilo gerencial, pois com todos os comportamentos listados, se verificam enormes dificuldades no trato do dia-a-dia.
Como mencionado em várias publicações sobre a Arte da Guerra, de autores famosos como Nicolau Maquiável, e o estrategista militar, General chinês Sun Tzu, a famosa frase, “Dividas o poder e Reinarás”, entenda-se por dividir o poder também o enfraquecimento das lideranças.
Esta famosa frase foi muito referenciada ao longo do tempo, e por incrível que pareça, tem sido utilizada por lideranças com este perfil no dia-a-dia das empresas.
Não permitir a visão do todo e centralizar demasiadamente as decisões, assim como fragmenta-las na equipe, são reflexos deste estilo, e que precisamos encontrar caminhos para combater. Recomendo que os liderados que identificam em sua liderança este estilo gerencial, possam desenvolver comportamentos que permitam gradativamente combater este estilo. Sei que é difícil o que estou pedindo, pois se espera sempre a maior maturidade vindo das lideranças, entretanto, encontrar liderados com boa maturidade corporativa tem sido cada vez mais comum nas organizações.
Entendo que o principal comportamento a ser atacado seja o da desconfiança, construindo-se com ações concretas , e de forma gradativa , uma relação de confiança com sua liderança. Conquistada maior confiança os demais comportamentos deverão ser trabalhados e desenvolvidos paulatinamente, podendo-se também contar com profissionais especializados em “coaching” e “mentoring”, e que ajudarão com técnicas e desenvolvimento específicos.
Portanto, dentro da minha ótica, e apesar de se ter obtido ao longo de séculos enorme sucesso com esta estratégia, considero realmente inapropriada a aplicação no ambiente corporativo, sabendo-se que gerará enormes sequelas no ambiente e clima organizacional das empresas.
EDUARDO STEFANO
Consultor & Palestrante