Muitos estão se perguntando, quando retornaremos à normalidade? quando teremos nossas vidas de volta?
Importante destacar que a normalidade e rotina que tínhamos até março deste ano em nossas vidas não teremos mais, mesmo que com a reabertura gradual de nossa economia, e justifico:
O impacto criado por nossos governantes, em função da pandemia que estamos enfrentando, foi gigantesco. Não tenho receio de me posicionar e comentar que a dose foi exagerada em muitas regiões e mercados, tornando o remédio um veneno em muitos casos, criando terra arrasada em muitos setores.
As quarentenas buscaram retardar a alta procura ao sistema de saúde, alegando que o mesmo não estaria capacitado para suportar esta demanda, e após 70 dias, escutamos as mesmas desculpas, e pior, com fortunas já gastas em nome do estado de emergência. Afinal como geriram estes recursos? Por que não foram sanados os gargalos na saúde? Esperamos realmente que a Polícia Federal através da operação COVIDÃO, oficialmente batizada de Placebo, possa realmente abrir a caixa de pandora em alguns estados da federação, inclusive já com operações já realizadas no RJ.
A decisão polêmica de fecharem todos os serviços não essenciais foi dramática e forçou muitas empresas a tomarem decisões que não tomariam em condições normais. Estamos tendo impacto em nossas vidas na esfera familiar, social, profissional, mas importante destacar que o retorno a normalidade não será mais o mesmo, e apesar de já ter sido destacado no artigo AC & DC, fatos!, trago reflexão adicional sobre alguns pontos:
Home office: Mais do que comprovada a eficiência demonstrada nas atividades de home office. Agora acreditam que a normalidade voltará? Por quê? se a eficiência do trabalho remoto em muitos setores foi demonstrada!, se a redução de custos operacionais para o funcionário não ficar no escritório foi comprovada!, principalmente os custos gigantescos com aluguel, condomínio, transporte, alimentação, etc. A nova normalidade será outra, não existem dúvidas que muitas empresas decidirão por novas medidas e utilizarão a eficiência e redução de custos nas atividades de home office, melhorando assim seus resultados operacionais. Muitas inclusive já anunciaram decisões sobre o tema nos principais veículos de comunicação.
Restaurantes: Muitos restaurantes se viram forçados e de forma muito rápida a migrarem de suas operações para delivery ou “take away” . O fato é que com a maior difusão dos aplicativos de alimentação (ifood, rappi, uber-eats, etc.) muitos restaurantes viram nesta nova modalidade a forma de sobreviverem neste período, e em muitos casos, a forma também de reduzirem seus custos operacionais, principalmente custos relativos a operação de física, com salão e toda a infra estrutura necessária para a operação. Veremos forte movimento de migração de pequenos e médios restaurantes para somente a modalidade de entregas, reduzindo assim seus custos e conseguindo, quem sabe, sobreviverem no retorno à nova normalidade.
Educação: Nossos alunos de todas as idades estão sendo capacitados de alguma forma através das aulas de vídeo (gravadas) e também das “lives” que tem sido feitas. EAD não é uma novidade, mas muitas escolas tiveram que se adaptar rápido a este novo momento. As que já tinham alguma plataforma de apoio digital sofreram menos, porem, a grande maioria não detinha nenhum veículo de comunicação digital com seus alunos, e estas sim, sofreram mais para se adaptarem. Não acreditamos que o normal daqui para a frente será o mesmo que tínhamos até março. Veremos mais iniciativas virtuais e hibridas no futuro próximo.
O impacto desta pandemia veio para ficar marcado em nossas vidas, para darmos muito mais valor as coisas básicas que fazíamos e que tínhamos, e para permitir que possamos repensar sobre o que será e como será a nova normalidade!
Estejamos preparados!
EDUARDO STEFANO
Consultor & Palestrante